domingo, 13 de dezembro de 2009

Aprovados

A maior de todas as aventuras foi ontem. A banca atrasou cerca de 30 minutos e o Caio não se agüentava de esperar. Entramos na sala e começamos a preparar o material. Havia pouca gente, cerca de 10 pessoas, além dos professores. Muitos ligaram para desejar boa sorte e nós estávamos certos de que tinha muita gente torcendo para que tudo desse certo. E deu.

Uma hora antes das 10:00 nós três apresentamos o trabalho para uma sala vazia, foi muito mais fácil. Enfim, fomos para a sala. A banca da Jaquelyne Carlin estava atrasada devido ao atraso no começo da banca da equipe da Maju, da Ana e da Letícia. Até agora não sabemos o porquê do atraso, mas me parece que não foi culpa dos alunos. Enquanto esperávamos a banca dela terminar, preparávamos a câmera, pois a apresentação foi gravada e parte deste espetáculo (risos) será disponibilizada aqui no blog em breve.

Entramos na sala e, muito nervosos, apanhamos do equipamento que lá estava. No fim, conseguimos preparar a apresentação em slides, o documentário e a exibição deste blog. Somente quinze minutos para falar sobre o trabalho de mais de um ano e mais 10 minutos para mostrá-lo.

Recebemos broncas e elogios das Professoras Adriana Amaral e Cora Catalina, mas no fim foi o que esperávamos. Aprovados!


Primeiramente queremos agradecer a todos que torceram por nós e pedir que continuem acompanhando nosso blog, ainda iremos contar muito de como foi esse trabalho.

A foto do celular não ficou nada boa, mas logo a gente põe uma melhor.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Pé na estrada

Deixamos a cidade de Curitiba duas vezes. A primeira viagem foi para os municípios de Campina Grande do Sul e Quatro Barras. Lá encontraríamos a delegada Margareth Motta e o promotor Otacílio Sacerdote Filho. O deslocamento não foi tão simples. Um dia antes da data prevista para a viagem, o carro que usaríamos quebrou. Foi um desespero, para o dono do carro com o prejuízo e para a equipe em geral, pois como enfrentar 30 km andando com ônibus levando em mãos câmera, tripé e iluminação, mas as mochilas? Foi tenso, mas o mecânico agilizou e terminou o trabalho em um dia.

Pé na estrada. no caminho pela BR 116, muitos buracos e uma fiscalização eletrônica fantasma, vários radares desligados (eita governo federal). Em fim chegamos lá, demos uma volta pela cidade e encontramos o Fórum. Não foi bem o que esperávamos. Em Curitiba, para entrar em um lugar destes temos que, no mínimo, mostrar o RG. Lá não tinha nem recepcionista, mas era um lugar bem aconchegante. A sala do promotor é muito bem enfeitada como vocês perceberam no trailer. Ah, a coisinha esquisita no canto inferior esquerdo do enquadramento foi proposital e trata-se de um lápis em formato de boneco.

O promotor nos mostrou o caminho para a Delegacia, eram somente duas quadras. Chegamos lá e fomos recebidos por um investigador, ele nos levou até a sala da Delegada. A sala é muito bonita, ao fundo, uma tela que parece ter sido pintada por ela mesma, Margareth. No começo ficamos um pouco receosos, pois ela parecia muito séria (e era, mas não era braba). A entrevista foi muito boa, saímos satisfeitos de volta para casa. Mais uma etapa vencida.

Imagem: Blog Info dia

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Primeira Entrevista

As grandes aventuras de Profissão Incerta renderiam outro documentário. A primeira delas foi uma turnê no carro da Banda B enquanto acompanhávamos o jornalista Antônio Nascimento ( foto à direita ). Primeiro que, 6 horas da manhã estávamos eu e meu companheiro de equipe Eduardo de Siqueira acompanhando a prisão de dois rapazes que, supostamente, haviam esfaqueado alguém. Eles estavam fazendo perícia no Instituto Médico Legal de Curitiba.

A primeira impressão é chocante, o “rabecão” estacionado na frente de portas esquisitas que dão arrepio. Logo depois o Toninho chegou. Ali mesmo, na frente do IML, local escolhido para o encontro, ele entrevistou um rapaz que alegava ter sido roubado. Ele estava muito embriagado e machucado. Depois disso, demos uma volta pelo centro da cidade e chegamos até a Delegacia de Homicídios, onde encontraríamos o ultimo integrante da equipe, Caio de Alencar.

Começamos a perceber que o trabalho do jornalista policial não é tão agradável no começo. O delegado Feijó falava sobre a briga entre dois indivíduos que terminou na morte de um deles que foi espancado na cabeça com um tijolo.

O decorrer do dia foi bem agradável, corremos atrás de algumas ocorrências e, por último, chegamos a um homicídio recém cometido. Foi o momento mais emocionante do dia, havia policiais civis e militares, muita gente e a imprensa.

Nós filmamos tudo para registrar o momento, mas estas cenas não foram inclusas no documentário por não ser o objetivo principal. Neste dia tivemos uma experiência diferente das outras entrevistas, pois presenciamos como é o dia a dia de um repórter policial. A relação com a polícia e com os colegas de classe é muito boa, facilitando a produção das matérias e o decorrer das entrevistas. Logo contaremos mais sobre essas aventuras.
Imagem 1: Blog Eterno Diadema
Imgem 2: Osni Gomes

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Trailer - Profissão Incerta

Segue Trailer do documentário que durou 3 meses para finalizar.
Produto voltado ao Trabalho de Conclusão de Curso de Jornalismo na Universidade Tuiuti do Paraná.

Os entrevistados que aparecem no Trailer são jornalistas da cidade de Curitiba:

Ricardo Chab(Rádio +), Patricia Cavallari(Rede Massa - SBT), Mara Cornelsen(Jornal Tribuna do Paraná) e Tiago Silva(Rádio Banda B e RIC TV - Record).

Falando pelo lado Policial e da Promotoria do caso Giovanna Reis assassinada em Quatro Barras, na grande Curitiba, em Abril de 2006:
Delegada Margareth Motta e Otacílio Sarcedote Filho da cidade de Campina Grande do Sul que é vizinha de Quatro Barras.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Morte: Um produto que dá IBOPE


Desde que o jornalismo passou a ser segmentado, em meados dos anos de 1960, a cobertura do setor policial é questionada quanto ao seu posicionamento na abordagem da informação. Correntes da sociedade, entre elas, o próprio jornalismo, questionam a ética desses profissionais. Veículos como o extinto Jornal Notícias Populares do grupo Folha de São Paulo, que circulou entre 1963 e 2001, recebia severas críticas ao publicar manchetes como: “Para salvar a filha, mãe cai de boca no taradão”, “Deu um barro e morreu”. Já o jornal Hora H do Rio de Janeiro no início de 2008, para noticiar que uma mulher havia sido presa quando tentava entrar em um presídio com 72 papelotes de cocaína nas partes intimas, publicou como manchete: “Que Vaginão, Heim?”. Em outros casos, aproveitam o deslize de homônimos de gente famosa para vender mais jornais. Como por exemplo: “Xuxa é presa furtando em loja” “Pelé é flagrado com carro roubado”.

Procurar sensacionalismo na setor policial parece fácil, basta lembrarmos do caso Isabela Nardoni uma criança de cinco anos, que morreu após sofrer queda da janela do apartamento do sexto andar de um edifício na cidade de São Paulo, onde o pai dela e a madrasta moravam, em 29/03/2008. O pai, Alexandre Nardoni e a companheira Ana Carolina Jatobá, foram acusados pelo crime.

O caso chamou a atenção da grande imprensa nacional. No dia 11/04/2008 o site Folha Online informou que a rede Globo, apenas para a cobertura do Jornal Nacional “mobilizou 18 repórteres, oito produtores e 20 cinegrafistas" para cobrir o caso! Naqueles dias, só os pontos de audiência interessavam, comprovado na matéria veiculada pelo site Folha Online no dia 14/08/2008. Já “a audiência do "Balanço Geral", da Record, cresceu 25%”. Morte parece um produto muito rentável para a Mídia.
Imagem: Retirado do blog Biosweb

Três anos se passaram - Lembrando Caso Giovanna dos Reis

Giovanna dos Reis Costa, nove anos, desapareceu em 10 de abril de 2006 e foi encontrada morta dois dias depois em um terreno baldio perto da casa onde morava, em Quatro Barras, Região Metropolitana de Curitiba.
Giovanna tinha sido vitima de estupro e morte por asfixia. A policia pressionada por todos os setores da mídia paranaense sai em busca do autor ou autores do crime. Após várias investigações, os policias já suspeitavam de que a menina teria perdido a vida em um ritual de magia negra, e os acusados foram os ciganos Vera Petrovich de 59 anos, e o filho, Pero Petrovich, 19 anos.

No dia 12 de Abril de 2006 a menina foi localizada dentro de um saco de lixo, nua e amarrada com fios de energia elétrica. No carro de Pero Petrovich, a polícia encontrou vestígios de sangue humano e na casa da família dele, em Curitiba, um envelope com o nome da menina. Na época, em entrevista para o jornal Tribuna do Paraná, os pais de Giovanna estavam convencidos de que os ciganos Petrovich foram os autores do crime. “Para mim foram os ciganos que mataram a minha filha”, afirmou Cristina Aparecida Costa, mãe da criança.
Quando a equipe da Delegacia de Vigilância e Capturas (DVC) trouxe para Curitiba Vera e Pero Petrovich presos em Araçatuba, interior de São Paulo em conjunto com a Polícia Militar daquela cidade, para muitos o caso Giovanna tinha sido solucionado.

A delegada do distrito policial de Quatro Barras e encarregada do caso, Margareth Motta, afirmou que existiam provas suficientes para que os ciganos pagassem pelo crime. “Me sinto com o dever cumprido. Estamos no fim desta história”, declarou ao jornal Tribuna do Paraná. Decorridos mais de três anos da solução do crime, a policia não sabe afirmar se realmente os ciganos foram os responsáveis pelo ato. Mesmo com evidências mais que comprobatórias de que mãe e filho usavam magia negra para matar inocentes em troca de favores do mundo sobrenatural.

Mídia: Educando um criminoso

O compromisso da imprensa é mostrar os fatos e a verdade de tudo que acontece e que é de interesse público. Não é um setor alienado da sociedade que vê o mundo por cima. São empresas que crescem muito, principalmente com a chegada de novas mídias. A concorrência dos diversos jornais, canais de televisão, sites e rádios abrem para o público um leque de informações e alternativas de escolha. Uma empresa contra a outra tenta mostrar o seu trabalho com furos e coberturas completas. A preocupação com a ética jornalista é antiga e as discussões sobre ela estão presentes desde a academia de jornalismo até o último cargo de responsabilidade nos jornais. Falar de ética atrai os olhos do leitor que também quer ter compromisso com um jornal que tenha credibilidade com a sociedade. O jornalismo policial parece ser a vertente mais preocupante deste setor.

A criminalidade nas telas da televisão aguça os consumidores da notícia que, de uma forma ou de outra, deixam claro que isso é polêmico. Mas também chama a atenção dos criminosos que têm como vitória sua aparição nos jornais. Citando o caso da menina Isabela Nardoni que, supostamente, foi atirada da janela de seu apartamento pelo seu próprio pai. Outra influência, à principio negativa, do jornalismo policial.
Cerca de 3 meses após o ocorrido, uma criança de somente 8 meses morreu após ter sido lançada da janela do apartamento pela sua mãe de 41 anos que, após ter cometido o crime, teria tentado o suicídio da mesma forma, sendo que não obteve êxito devido à ação de vizinhos que a impediram. Talvez isto já tivesse sido planejado pela mãe antes do caso Isabela, pode ser uma conseqüência a partir da influência do caso da menina de 6 anos, ou uma coisa não tem nada a ver com a outra. O fato é que um dos problemas apresentados é a preponderância que um fato cria sobre outros. A criatividade de criminosos aguça a dos outros e os crimes bárbaros consequentemente viram atrativos.
Imagens: 1° Blog Gato do Mato 2° SBT News